Se você é um colega assistente do paciente, saiba que na Clínica Sinapta, estamos aqui para colaborar com você de maneira integral. Além de oferecer tratamentos eficazes para diferentes condições psiquiátricas, estamos comprometidos em trabalhar em parceria com você.
Entendemos que a jornada do tratamento psiquiátrico pode ser complexa e que cada paciente é único. Portanto, estamos prontos para apoiá-lo não apenas com uma segunda opinião, mas também como um recurso valioso para reforçar a sua conduta clínica. Nossa equipe está disponível para colaborar na identificação de novas estratégias terapêuticas, na revisão de planos de tratamento existentes e na busca constante por abordagens inovadoras. Queremos que você saiba que não está sozinho nessa jornada. Juntos, podemos proporcionar aos pacientes o melhor cuidado possível.
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A escetamina é um enantiômero da cetamina, sendo mais potente e com menos efeitos colaterais dissociativos. A escetamina pertence à classe dos anestésicos dissociativos. Ela é conhecida por suas propriedades anestésicas, analgésicas e, mais recentemente, por seu papel inovador no tratamento da depressão resistente ao tratamento convencional. O funcionamento da escetamina no tratamento da depressão parece envolver sua ação como antagonista do receptor N-metil-D- aspartato (NMDA) no sistema nervoso central. Essa interação pode influenciar a liberação de neurotransmissores, como o glutamato, e impactar as vias neuronais relacionadas aos transtornos de humor.
A escetamina é comercializada sob o nome Spravato e é administrada por via intranasal. A formulação intranasal oferece uma opção conveniente e eficaz para pacientes que não respondem adequadamente a outras formas de tratamento para depressão.
Indicações, aplicação e efeitos colaterais:A escetamina é aprovada para uso em adultos com depressão resistente ao tratamento e/ou ideação suicida. Seu uso é seguro restrito a ambientes controlados, como clínicas, devido ao risco de efeitos colaterais agudos e monitoramento necessário durante e após a administração. Realizamos o tratamento com Spravato na própria clínica Sinapta ou no Hospital Mãe de Deus.
O Spravato é administrado sob supervisão de um médico psiquiatra ou de um profissional da saúde qualificado. O paciente é monitorado durante e após a administração devido aos potenciais efeitos colaterais, como aumento da pressão arterial e efeitos dissociativos. Essa forma de administração controlada visa minimizar riscos e garantir a segurança do paciente.
Tratamento com Escetamina:A dose inicial recomendada é de 56 mg, administrada por meio de dois dispositivos com duas pulverizações nasais de 28 mg cada. Caso necessário, a dose pode ser ajustada para 84 mg, conforme determinado pela avaliação da nossa equipe de psiquiatras. Ou seja, o dispositivo do Spravato para pulverização nasal é de uso único que permite um total de 28 mg de escetamina em duas pulverizações (uma pulverização por narina).
Após a administração de escetamina, é necessário que o paciente permaneça no local sob supervisão durante um período de tempo para monitorar possíveis efeitos colaterais imediatos. Essa monitorização é importante devido aos potenciais efeitos dissociativos e ao aumento da pressão arterial que podem ocorrer durante a administração do medicamento.
Assim que o período de monitoramento for concluído e os profissionais de saúde considerarem seguro, o paciente geralmente pode retomar suas atividades diárias. No entanto, é importante considerar alguns pontos:
1. Dirigir e operar máquina: é aconselhável evitar atividades que requerem atenção, como dirigir veículos ou operar máquinas complexas nas horas imediatamente após a administração.
2. Acompanhamento médico: os pacientes devem ter um acompanhamento médico regular para avaliar a resposta ao tratamento e monitorar eventuais efeitos colaterais a longo prazo, nossa equipe realiza esse acompanhamento e fica em contato direto com seu médico assistente para avaliações conjuntas.
Preparar o paciente para o uso do Spravato é um processo simples que envolve a continuidade de outros tratamentos medicamentosos. É crucial destacar que a escetamina deve ser integrado a esses tratamentos existentes. Além disso, é importante instruir o paciente a não ingerir alimentos ou líquidos por pelo menos duas horas antes da administração da escetamina intranasal para otimizar a eficácia do medicamento e evitar efeitos adversos.
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Sugestão de leitura: Wang SM, Kim NY, Na HR, et al. Rapid Onset of Intranasal Esketamine in Patients with Treatment Resistant Depression and Major Depression with Suicide Ideation: A Meta-Analysis. Clin Psychopharmacol Neurosci. 2021;19(2):341-354. doi:10.9758/cpn.2021.19.2.341
A Estimulação Magnética Transcraniana apresenta diferentes indicações terapêuticas validadas cientificamente. Dentre os transtornos psiquiátricos, destacam-se evidências de desfechos positivos em Transtornos Depressivos, Fase Depressiva no Transtorno de Humor Bipolar, Transtorno Obsessivo-compulsivo, Transtorno do Pânico, Transtornos Aditivos, Alucinações Auditivas Refratarias na Esquizofrenia, Dor Crônica e Fibromialgia.
Efeitos Colaterais e Contraindicações:Poucos efeitos colaterais são atribuídos à EMT. O paciente pode experienciar uma dor leve e temporária no local da aplicação, que geralmente desaparece após as primeiras sessões do tratamento, quando os pacientes se habituam com o procedimento. Pacientes com histórico de neurocirurgia e epilepsia precisam ser avaliados com mais minúcia, mas sem contraindicação absoluta. Já indivíduos com implantes metálicos no cérebro e marca-passo não podem realizar o procedimento.
Tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana:As sessões têm duração aproximada de 20 minutos, são indolores e praticamente não estão associadas a efeitos colaterais.
O paciente pode manter sua rotina de atividades diárias durante o tratamento, podendo realizar atividades como dirigir, realizar exercícios físicos e trabalhar.
Durante a aplicação, o paciente pode ler um livro, ouvir música, acessar seu celular ou simplesmente relaxar.
O tratamento compreende duas fases distintas: Indução e Manutenção.
Durante a fase de indução, são realizadas até duas sessões diárias totalizando 20 sessões.
Durante a fase de manutenção são realizadas sessões semanais por aproximadamente três a seis meses (totalizando 12 – 24 sessões).
Essa técnica é estudada como opção terapêutica para diversas condições psiquiátricas, possui evidência de resposta em Transtornos Depressivos e Transtornos Ansiosos. A tDCS busca modular a excitabilidade neuronal para influenciar padrões de atividade cerebral associados ao tratamento desses transtornos.
Posso parar os remédios com a tDCS?A tDCS é estudada como uma opção de tratamento adjuvante em psiquiatria, o que significa que geralmente não substitui completamente o uso de medicamentos. Em muitos casos, é utilizada em conjunto com terapias medicamentosas convencionais. A decisão de suspender ou reduzir medicamentos deve ser feita em consulta com seu psiquiatra, levando em consideração a resposta do paciente ao tratamento e as características específicas do quadro clínico. A tDCS pode ser uma ferramenta útil, mas não é uma substituição direta para todos os casos de tratamento medicamentoso.
Efeitos Colaterais e Contraindicações:Embora a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC ou tDCS) seja considerada uma técnica segura e bem tolerada na maioria dos casos, existem algumas contraindicações importantes a serem consideradas. As principais contraindicações incluem:
- Presença de implantes metálicos no crânio: Implantes metálicos no crânio, podem causar focos de alta resistência elétrica e, consequentemente, aumentar o risco de queimaduras na pele durante a aplicação da corrente elétrica. Portanto, a presença desses implantes é geralmente uma contraindicação para a TDCS.
- Presença de marca-passo ou outros dispositivos eletrônicos implantáveis: Pacientes com marca-passos cardíacos ou outros dispositivos eletrônicos implantáveis podem estar em risco de interferência elétrica durante a aplicação da corrente de TDCS. Portanto, a presença desses dispositivos é geralmente uma contraindicação para a TDCS.
- Histórico de convulsões/epilepsia não controlada: Pacientes com histórico de convulsões ou epilepsia não controlada podem estar em maior risco de experimentar convulsões induzidas pela corrente elétrica durante a TDCS. Portanto, deve ser avaliada a TDCS e pode até ser contraindicada ou requerer precauções especiais nesses casos.
- Lesões cutâneas ou infecções no local da aplicação: Lesões cutâneas abertas, infecções ou outras condições dermatológicas no local da aplicação dos eletrodos podem aumentar o risco de complicações durante a TDCS. Portanto, é importante garantir que a pele esteja íntegra e saudável antes de iniciar o tratamento.
Essas contraindicações são gerais e podem variar dependendo do contexto clínico e das características individuais de cada paciente. Portanto, a avaliação médica adequada é essencial antes de iniciar o tratamento com TDCS para garantir a segurança e eficácia do procedimento.
Tratamento com Estimulação Elétrica por Corrente Contínua:A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC ou tDCS) é uma técnica que envolve a aplicação de corrente elétrica de baixa intensidade no couro cabeludo através de eletrodos para modular a atividade cerebral. A tDCS busca modular a excitabilidade neuronal para influenciar padrões de atividade cerebral associados ao tratamento desses transtornos.
A duração do tratamento com tDCS pode variar dependendo da condição clínica específica e das características do paciente. Em estudos de pesquisa, a duração típica das sessões de tDCS geralmente varia de 20 a 30 minutos, e o número total de sessões pode variar de alguns dias a algumas semanas.
O paciente pode manter sua rotina de atividades diárias durante o tratamento, podendo realizar atividades como dirigir, realizar exercícios físicos e trabalhar.
Durante a aplicação, o paciente pode ler um livro, ouvir música, acessar seu celular ou simplesmente relaxar.
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Sugestão de leitura:
Brunoni AR et al. Transcranial direct current stimulation (tDCS) in unipolar vs. bipolar depressive disorder. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2011