De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017, o Brasil lidera o ranking global de prevalência de transtornos de ansiedade. Um levantamento nacional realizado pelo Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), que entrevistou 9 mil pessoas em todas as regiões brasileiras entre 2 de janeiro e 18 de abril de 2023, revelou que 26,8% dos brasileiros receberam diagnóstico médico de ansiedade, com uma proporção de 31,6% na faixa etária de 18 a 24 anos.
Estes dados evidenciam a prevalência da ansiedade, especialmente entre os mais jovens, destacando o Centro-Oeste como a região mais afetada (32,2%) e as mulheres como o grupo mais atingido (34,2%).
Embora seja uma questão já conhecida, a ansiedade faz parte de nossas vidas. Experimentar o coração acelerado antes de uma apresentação, suar frio durante uma entrevista ou sentir-se desconfortável ao caminhar sozinho em um lugar deserto são experiências consideradas normais, comuns em nosso cotidiano agitado.
Entretanto, torna-se um problema quando essas situações se tornam desproporcionais aos eventos ou interferem na rotina das pessoas, resultando em transtornos, fobias e outros distúrbios que afetam cada vez mais a sociedade.
Mas afinal, o que é ansiedade?
Podemos entender a ansiedade como o medo de que algo ruim aconteça, uma antecipação de um risco potencial, desencadeando reações corporais que preparam o organismo para se proteger dessa ameaça.
É importante ressaltar que os sintomas característicos da ansiedade também podem estar presentes em outros tipos de distúrbios. O estudo do Covitel revelou que 12,7% dos entrevistados relataram ter recebido diagnóstico médico de depressão.
Vale ressaltar que as maiores prevalências estão na região Sul (18,3% de pessoas com depressão), entre as mulheres (18,1% delas já tiveram diagnóstico), e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%).
Os transtornos mais associados a esse cenário crescente incluem o pânico, caracterizado por intensa sensação de medo e desconforto, desencadeando sintomas físicos como taquicardia, perda de foco, dificuldade respiratória, sensação de irrealidade, sudorese e tontura, iniciando de forma inesperada e atingindo picos em períodos de dez minutos.
Outros distúrbios
Para todos esses casos, a recomendação é buscar médicos psiquiatras e, se necessário, medicação adequada.
Alimentação saudável como aliada no controle da ansiedade
Uma dieta balanceada desempenha um papel crucial no controle da ansiedade. Recomenda-se uma alimentação rica em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega-3, que ajudam a regular os neurotransmissores cerebrais, contribuindo para a estabilidade emocional e reduzindo os sintomas da ansiedade.
Consumir alimentos de baixo índice glicêmico, como grãos integrais, frutas, vegetais e proteínas magras, é aconselhável para manter os níveis de açúcar no sangue estáveis, evitando flutuações que podem desencadear crises.
Suplementos de triptofano, vitamina B6 e magnésio podem ser úteis, assim como aminoácidos como taurina e glutamina, que aumentam a disponibilidade do neurotransmissor Gaba, usado pelo corpo para controlar fisiologicamente a ansiedade. No entanto, é fundamental tomar esses suplementos apenas sob orientação médica.
Uma alimentação saudável, contendo antioxidantes presentes em frutas, vegetais e alimentos integrais, também pode ajudar a reduzir a inflamação no corpo, associada a um aumento do risco de transtornos mentais.
É importante ressaltar que uma dieta saudável é apenas uma parte do gerenciamento da ansiedade. Outras estratégias, como exercícios regulares, sono adequado, técnicas de relaxamento e, principalmente, terapia, são fundamentais para controlar os sintomas. Se você está enfrentando esse distúrbio, busque orientação de um profissional de saúde qualificado.
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Fonte: Terra
Foto: Canva